A volta às aulas é uma das principais preocupações e discussões que vemos entre pais, professores e gestores escolares. Em meio às discussões sobre o isolamento social, uso de máscaras e distanciamento, percebemos que muitas dúvidas com relação a esse tema são geradas.
Quando falamos de retornar às aulas, temos que nos preocupar com outras questões que vão além da medidas físicas, como limpeza e distanciamento. Precisamos entender como será essa nova interação dos alunos, a sua participação presencial ou a distância para tentar entender por quais caminhos devemos seguir.
Para discutir um pouco esse assunto, resolvemos trazer alguns pontos que deveriam ser pensados na hora de retornar às aulas. Continue lendo nosso texto e veja mais sobre essas discussões.
Como as escolas estão sendo colocadas em cheque?
Nesse período de isolamento social, muitas escolas optaram por realizar as atividades dentro de casa, por meio do computador e isso acabou gerando algumas questões para os pais dos alunos.
É importante definir que o ambiente físico da escola não é o mesmo que a escola. Dessa forma, não podemos pensar que se os alunos não vão para a escola isso significa que eles não estão aprendendo.
A escola aproveita o espaço físico, mas o espaço físico da escola não é o produto dela. A aprendizagem e o desenvolvimento dos alunos que é o principal objetivo da escola.
O processo de aprendizagem está acontecendo mesmo que as aulas presenciais não estejam acontecendo.
Quais são os níveis emocionais das escolas?
Podemos perceber que os quatro atores no ambiente escolar possuem sentimentos que são diferentes e, também, podem ser similares. Os gestores e os alunos estão ansiosos e os professores e pais estão desesperados.
Os gestores escolares precisam aproveitar esse período para usar essa diversidade e repensar a forma de ensinar os alunos. Os estudantes estão ansiosos por causa da situação de ensino, que é diferente do que eles estavam acostumados.
Já os professores estão desesperados, porque eles perderam essa posição de autoridade de ficar na frente da sala de aula. E os pais começaram a sentir que as escolas não existem e eles que deveriam lecionar.
Nessa situação, o importante seria aproveitar essa diversidade, a ansiedade e desespero como algo positivo para reformular a sua escola!
Os alunos estão desafiados a ter uma rotina diferentes e usar esses diferentes meios para aprender. As escolas precisam aproveitar esse deslocamento da zona de conforto e aproveitar para implementar uma nova dinâmica de ensino.
Como está a emoção dos alunos?
Eles não tem saudades da escola, do professor e nem de aprender. O principal problema dos alunos é a saudade que eles sentem dos outros alunos!
Essa necessidade de estar perto tem muito a ver com a busca por compartilhar a experiência e as vivências. Por isso, as escolas precisarão encontrar um meio de resolver essa questão relacionada à saudade que os alunos sentem dos outros.
O ensino híbrido não tem solucionar os problemas de aprendizado dos alunos, mas sim os problemas de relacionamento. Para um aluno de quatro anos, ter esse contato é mais importante que qualquer outro problema de aprendizagem,
Como as tecnologias participam disso?
Com a volta as aulas, precisamos ter claro que nem todos têm a condição de frequentar a escola no mesmo momento e da mesma forma. Mesmo com a tecnologia, podemos criar estratégias para fazer com que os alunos tenham esse contato.
Ela é uma forma de potencializar os processos que são realmente significativos no processo de aprendizagem dos alunos.
Precisamos parar de definir a tecnologia como sendo algo que atrapalha o desenvolvimento dos alunos. O importante é criar espaços onde ela pode ser implantada para ser usada no processo de aprendizado.
O período de pandemia também permitiu a experiência de personalização de aprendizagem dos alunos. Esse período remoto criou a possibilidade do desenvolvimento da autonomia dos estudantes e a possibilidade de gerir o seu próprio tempo.
A personalização de aprendizagem começou a aparecer de forma inesperada, mas ela acabou se tornando algo relevante. Dessa forma, eles conquistaram a autonomia e a possibilidade de gerenciar o seu próprio tempo.
Como os alunos voltarão?
Ter que parar compulsivamente é um choque tanto para os alunos quanto para as escolas. No entanto, o que fazemos com isso é que vai ser o diferencial das instituições de ensino.
Esse período não é o mesmo que as férias escolares, pois o recesso é utilizado para descansar. Porém, o interrompimento das atividades por conta da pandemia se tornou uma oportunidade para repensar as escolas.
Os alunos retornarão renovados e essa experiência permite que os alunos voltem emocionalmente prontos para estudar. Por isso, os gestores precisam prestar atenção nos estudantes e propor um funcionamento mais voltado para aproveitar esse ânimo dos alunos.
Na hora de planejar a volta as aulas, os gestores e professores não deve focar em recuperar as matérias que foram perdidas. É preciso focar em aproveitar o retorno desses alunos para redesenhar a sua escola e promover a formação do hemisfério direito dos alunos.
A volta às aulas é um período que necessita de bastante planejamento. Os gestores precisam aproveitar esse momento e implantar um sistema de formação integral para os alunos.
Assista ao nosso webinar e conheça mais sobre como está as emoções das escolas no período durante e depois do isolamento.
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