O meio digital foi o que permitiu que muitas escolas continuassem o processo de educação dos alunos durante o isolamento social. E o que percebemos foi uma dificuldade das escolas de se enquadrar nesse novo contexto. Foi aí que percebemos a necessidade da escola acontecer no digital.
Ao abordarmos essa questão do digital, não focamos na introdução de novas tecnologias ou ferramentas que facilitem o acesso. Mas sim em uma mudança de postura das escolas para deixar que a tecnologia faça parte da sua cultura. Quer saber quais os caminhos para fazer o digital acontecer na sua escola? Continue lendo esse texto e saiba mais.
1. É preciso levar o digital ao aluno
A introdução da tecnologia na escola começou pelo laboratório de informática. Nesse espaço, os alunos tinham acesso ao digital, mas acabava ali. As escolas entendem a tecnologia como uma ferramenta e uma disciplina que precisa ser estruturada e limitada àquela sala.
Isso não é digitalizar a escola, isso é escolarizar o digital, ou seja, tentar que o digital pareça com a escola. E esse caminho era de adormecer o digital, para que ele não incomode a escola. Mas o que percebemos é a necessidade levar o digital ao aluno e não o aluno ao digital.
2. A escola tem que entender o papel do digital
O digital tem que ser uma experiência na sala de aula e é preciso acabar com o laboratório. Pois o digital não é uma disciplina, é um conjunto de conteúdos a serem transmitidos e avaliados. Ele é um transversal. E a escola transforma tudo em conteúdo e o que não tem forma de disciplina não existe.
É necessário tirar do laboratório e levar para a sala de aula e depois, para outras esferas, como o recreio. O primeiro passo é levar a internet a se misturar com o ar da escola, com o ambiente e com a atmosfera que precisa ter Wi-fi. E por outro lado, deixar que o digital contamine e conecte com cada um dos momentos da vida escolar, seja de ensino e aprendizagem, de entretenimento ou na comunicação com os pais. Deixe que o digital traga o que ele tem para contar e transformar de alguma maneira essas experiências novas.
3. A tecnologia é uma realidade na vida dos alunos
Os estudantes já são nativos digitais e por que não usar esse ambiente que eles já vivem para o seu desenvolvimento? Essa forma de educação se relaciona diretamente com o ensino híbrido, que ficou muito conhecido no último ano.
Essa mistura entre o presencial e o digital, o síncrono e o assíncrono, trouxeram novas ferramentas para as escolas. Nesse caso, o professor tem o papel de fazer a curadoria e se tornar o elo entre o conhecimento e os conteúdos. Ele faz a curadoria e disponibiliza para o aluno da forma e como ele puder, seja em formato de vídeo, podcast, imagem ou texto. Então, você entrega ferramentas simples para os professores darem a sua aula.
4. É preciso orientar como se usa o digital
As escolas precisam deixar de ver o ambiente digital como algo ruim para os alunos. No laboratório de informática, filtros são criados para que os alunos não desviem o foco e acessem sites inapropriados para a idade deles.
No entanto, o que percebemos era a necessidade não de proibir ou criar filtros, mas sim transformar essas crianças nativas digitais em cidadãs digitais. Dessa forma, é necessário orientá-los não apenas a navegar na internet, mas também questões relacionadas ao aprender a aprender, empatia, trabalho em equipe, como fazer pesquisas e são com essas habilidades que os alunos desenvolvem o seu aprendizado.
A escola tem que fazer uma mudança em relação ao olhar. Para de olhar para a tecnologia como ferramenta e olhar para o digital como experiência. O foco tem que ser na experiência, em ter uma experiência agradável, que engaje os alunos nesse processo de formação.
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