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Hora da liberdade

Encontramos várias informações por todos os lados! Você já pensou em como a liberdade de divulgar conteúdo pode influenciar no nosso cotidiano?


“Imaginemos um mundo em que cada pessoa tenha acesso livre e gratuito à soma de todo o conhecimento humano. É o que estamos fazendo com a Wikipédia.”


"É hora de sair à luz e, seguindo a tradição da desobediência civil, fazermos oposição a este roubo privado da cultura pública”, nos dizia Aaron antes de morrer. “Devemos lutar pela ‘Guerrilha do Acesso Livre".

Percebemos no horizonte um movimento de liberdade que vemos se formando. Será que ela será imposta a nós? Acreditamos que ela já faz isso e que é necessário reconhecer o seu impacto.

Esse movimento de liberdade é poderoso e pode nos conectar a várias tendências que não acreditávamos que estavam ligadas e que fosse produtos de uma mesma origem.

Essas mudanças também começam a se estabelecer nas conjunturas histórias em que vivemos. Assim, começamos a ver esses processos de forma mais conjunta, de forma que eles começam a influenciar nas nossas interpretações e a ganhar adeptos.


Qual a origem desses movimentos ideias?

As coisas já começaram há um tempo com um movimento que podemos pensar como sendo um contra-movimento, que foi chamado de open source. Ele foi criado em um mundo de software enlatado, mas o seu trabalho é em favor de um software mais livre que pode ser feito e distribuído.

O software aberto e a construção social desse software são as bandeiras que entrelaçam essas façanhas. Esse movimento é profundo e não acabou de se impor, mas ele se sustenta uma rede de alcance e de uma agenda política constante. Esse movimento é destinado à libertação de produção social de forma mais colaborativa.


Qual a participação da comunicação nesse processo?

Você se lembra do Wikileaks, em 2007? Esse caso foi marcado pela divulgação de informações secretas, como goteiras de liberdade compulsiva.

A imprensa atuou como um transporte e a fonte de informações se expressou no estado mais puro. Essa manobra permaneceu no espírito das coisas e se juntou ao movimento de software livre.

Os vazamentos de informações, como são chamados, não são casuais e envolvem muitas pessoas. Isso fez com que o clássico processo de comunicação fosse reorganizado.

Nessa perspectiva dos softwares livres, da imprensa livre e das asas quebradas da liberdade, percebemos que as coisas que nos interessam passaram a ser mostradas.

Os Wikileaks, Snowden e a soldado Manning podem ter atitudes que podem parecer não ter relevância, mas elas importam sim e deixaram uma marca que não pode ser apagada.


De onde surgiu essa transmissão de informação?

A pirataria é algo que sempre esteve por aí, mas esse movimento sempre foi criticado pelas pessoas. Mas ao mesmo tempo, a pirataria é algo que se conecta com toda essa situação que estamos discutindo.

Lembremos que, atrás da Netflix e do iTunes e do Spotify, estiveram aquelas plataformas livres de conteúdos proprietários e que a isso chamávamos sem duvidar “pirataria”. Ela também evidencia que os modelos de proteção estão saturados e mostram sinais bizarros, desses de que convém desconfiar.

Esses movimentos não são fáceis, mas se tornam significativos. Por ora, certos níveis de clandestinidades se sustentam na forma de divulgação da informação.

Outra discussão é travada nesse ponto com relação ao Facebook, Amazon, Apple e Google e aos dados que eles têm acesso. De quem são, para quem são, quais são os limites da sua utilização?

Essa disputa está travada!



Como essa difusão de informação se manifesta no nosso cotidiano?

Percebemos uma discussão com relação a música e a literatura vão na mesma direção. A música foi o primeiro, mais por necessidade do que por convicção.

Com o iPod de Jobs, um xeque-mate foi dado de um dia para o outro e moveu o caminho que se redefiniu de forma diferente em magnitude e em sentido. O iTunes de Jobs atuava como um dólar por canção.

O Spotify tenta reconstruir o modelo de valor, sem negar o inegável da questão aberta e sem confrontá-la; não sei se conseguirá de maneira sustentável.

Na literatura, tudo parece acontecer mais devagar, como se ele fosse freado pela indústria mais eficaz, porque ela é feita para atrasar, mas vai até o mesmo lugar.

O cinema e a TV convergem para cá também. A Netflix é como o Spotify, o final de um modelo de proteção e, ao mesmo tempo, o início de outro, mais ligado ao desregulado.


Como percebemos essas mudanças na forma de se comunicar nas redes sociais?

O Twitter, Instagram e Snapchat desenrolam-se no mesmo nível. Não custa nada; tudo está aí para quem quiser acessar. Percebemos a redefinição do valor e sentido no mundo virtual e que é considerado mais a questão do tráfego, tamanho e a vitalidade descentralizada.

Existem diversas pessoas que criam conteúdo como forma de combater o que está fechado. Desse espaço surgiu um movimento de produção livre de conteúdos e de “re-redefinição” política do movimento de liberação dos conteúdos fechados.



O fechado se abre e se disponibiliza sem limites. Quem antes dava ênfase e proteção do copyright como uma forma de assegurar a qualidade do conteúdo, agora, investem no aberto e na circulação de conteúdo.

A Wikipédia, que nasceu vocacionalmente livre e se impôs precisamente por isso, é talvez nosso exemplo liminar e determinante. Tudo o que fica e que vale a pena depois da Wikipédia deveria ser colocado agora mesmo no site.

De que nos importam as Academias de Ciências e das Letras, então? Nunca tivemos uma enciclopédia mais viva e melhor! O conhecimento está em um bom momento e a sua divulgação está no melhor da sua história.

Vemos cair a agenda da proteção e da rentabilização por restrição e percebemos o surgimento dos impactos, da democratização, redefinição de renda, valor e peso da circulação em rede.

É hora de se comprometer. Há uma poderosa indústria por trás, justificando-se e defendendo-se e há também uma imensa corporação política resistindo, além de nossas ingênuas inércias e das já tão longas tradições.


Essas reflexões abrem espaço para tirarmos outras conclusões não é mesmo? Conheça nosso canal no YouTube e tenha acesso a outras discussões.

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